Quando não se tem um desenvolvimento de produto integrado entre criação e viabilização, os problemas precisam ser resolvidos ao longo da produção, o que compromete o resultado final e gera custos muitas vezes não calculados ou não incluído.
A qualidade do produto, como já abordamos em outros textos por aqui, deve ser compromisso e responsabilidade de todos os envolvidos, desde os estágios iniciais até sua entrega nos processos finais, assim se espera sua fluidez e não sua prospecção apenas por um “setor de qualidade”.
O processo de desenvolvimento de Produto para as indústrias de confecção, é cada vez mais estratégico para aumentar as chances de sucesso dos produtos. Com o dinamismo das coleções que são apresentadas em um tempo cada vez mais curto, ter uma resposta ágil e assertiva entre o tempo de criação, aprovação e saída da mercadoria na produção, é primordial.
No entanto, observa-se que esse processo na maioria das empresas de confecção é ainda pouco aprofundado, visto que se confunde muito com as tarefas do designer ou estilista colocando sob sua responsabilidade o sucesso ou fracasso de um produto ou coleção. É claro que o designer/estilista tem um papel fundamental na criação, mas esse deveria também apoiar-se numa equipe de suporte que possa viabilizar os seus projetos considerando, especialmente, a compatibilidade dos produtos com o processo produtivo. Nesse sentido destacamos a importância em se ter, cada vez mais profissionalizado, uma equipe com os preceitos da Engenharia de Produto.
A engenharia de produto visualiza as criações de acordo com as tendências e cria soluções que viabilizam a máxima representação da ideia, mesmo que para isso seja necessário adaptações para garantir o sucesso do produto e sua entrada e saída no processo produtivo.
E não é sobre o preenchimento de fichas técnicas com as necessidades de aviamentos, a grade de tamanhos, as etiquetas, tags e etc. É sobre uma Engenharia de Produto que transforma o desenho do papel em algo físico/palpável. Analisa a matéria prima proposta, os acabamentos, a montagem da peça, as costuras solicitadas e os aviamentos e se tudo isso irá “funcionar” além da sala de amostra. Reconhece as limitações e sugere modificações para que tudo seja possivelmente aplicado em escala produtiva, e para isso precisa conhecer os processos e recursos disponíveis.
Ao contrário do que as indústrias imaginam, a Engenharia de Produto não é uma limitadora do designer, ela pode ser uma viabilizadora desde que a mentalidade da equipe seja transformada de “é impossível ser executado” para “ainda não temos a solução, mas certamente buscaremos e teremos”. Por isso destacamos a importância dessa equipe no processo de desenvolvimento do produto apoiando os designers e elevando cada vez mais a excelência do processo.
Gostou do tema e quer saber como incluir a Engenharia de Produto no seu processo?? Entre em contato e agenda uma conversa presencial ou virtual. Será gratificante trocar experiências sobre o tema.